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domingo, 28 de dezembro de 2014

Dia 30 de Novembro - 16º dia de viagem

16º Dia de viagem
Astorga – PR X Rancharia – SP


Acordei muito feliz, finalmente estaria chegando em casa para poder matar a saudade da família, dei uma conferida no Face e lá o Carlos informara que havia chegado em casa no começo da noite do dia anterior, sem nenhum contratempo.

Rapidamente arrumei toda a tralha que estava espalhada no quarto, para secar pela ação do ar condicionado que ficara ligado a noite toda. Montei pela última vez a moto que passou a noite acorrentada na frente da portaria do hotel. O tempo havia mudado e o céu estava azul e o vento soprava forte.

Entrei e fui tomar café, fiquei em uma mesa que tinha uma visão perfeita da moto. Na mesa do lado quatro rapazes bem grandes com sotaque diferente puxaram conversa, pois me viram arrumando os baús na moto. Contei-lhes nossa viagem e eles ficaram bem admirados e um até comentou... Há, há, há. E nós se achando os “fodôes” por termos vindo de Brasília para lutar no Paraná! (Eram lutadores de Jiu Jitsu).

Enquanto conversávamos vimos a moto dar uma chacoalhada e antes que tivesse qualquer reação a mesma deitou de lado sobre o baú, um dos rapazes comentou...Caracas ela caiu sozinha!
A essa altura eu já havia levantado e já estava correndo para erguer minha companheira, que tombara sob a ação do vento. Dei um tapa em minha cabeça por não ter previsto isso. Pois deveria ter virado a moto contra o vento para ela ficar apoiada no pezinho.

Como a queda não teve maiores consequências, terminei meu café acertei a conta e parti. Percorri os 168km finais da viagem, bem devagar. Curtindo cada curva, cada paisagem já relembrando os momentos que havíamos vivido nos dias anteriores.

Cheguei em Rancharia antes do meio dia e fomos todos almoçar fora para comemorar meu retorno.
Naquele dia ainda encontrei vários amigos da cidade e conversamos bastante sobre a viagem, mas nossa preocupação era com o amigo que havia ficado em Foz do Iguaçu.

No dia seguinte de manhã o Marino entrou em contato e disse que estava a caminho e que chegaria em casa na hora do almoço. Pois o ferimento não fora tão grave e que depois de tomar uns analgésicos e colocar uma joelheira estava conseguindo pilotar.

Muito do que planejamos na viagem não aconteceu e outras coisas que nem sequer sonhávamos acrescentaram muito. Conhecemos pessoas e lugares, cheiros e sabores, contemplamos paisagens e cidades, vimos outras culturas e quando voltamos já não éramos as mesmas pessoas.

De minha parte digo que valeu muito a pena!

Moto suja, alma lavada!




Início da viagem

Final da viagem...6488km mais rico
Dedico esse relato para você meu querido filho Samuel Chesini.



Acabou!