Apesar de termos ido dormir tarde na noite anterior e do
cansaço acumulado dos três dias seguidos de viagem, acordei no horário de
costume. Tomei um banho e desci para tomar café, fiquei esperando os colegas
mexendo no computador que fica a disposição dos hospedes na sala de estar da
casa.
Algum tempo depois já estávamos na rua com dois objetivos
marcados para o dia, dar uma caminhada para conhecer os prédios históricos que
ficam no centro da cidade e conhecer o teleférico que leva as pessoas ao alto
do Cerro San Bernardo.
Por ser segunda feira as ruas estavam movimentadas com
muitas pessoas e carros, num burburinho típico de cidade grande. Confirmamos a
impressão do dia anterior que a cidade era bem grande e agitada além de bem
limpa apesar da enorme quantidade de cachorros soltos nas ruas, cachorros de
médio e grande porte que vagam pelas ruas em busca de alimento.
Plaza 9 de Julio |
Mas estávamos em lua de mel com a Argentina e achávamos tudo
bem legal. Bem no centro da cidade na Plaza Nove de Julio encontramos uma casa
de câmbio muito grande chamada Dinnar e lá trocamos mais Dólares em uma ótima
cotação.
Ficamos andando por ali batendo fotos e admirando a
arquitetura dos prédios e não nos animamos em ir ao Museu de Arquitetura de
Alta Montanha para ver as múmias e então decidimos partir a pé até a estação do
teleférico que fica a umas 8 ou 10 quadras do centro.
Apesar do forte calor, rapidamente chegamos à estação do
teleférico, nos hidratamos e descansamos um pouco curtindo a bela arquitetura
do lugar, pagamos o ingresso e subimos para apreciar a cidade de um ponto de
vista diferente.
Saguão do teleférico |
Embarque |
È possível chegar ao topo do Cerro San Bernardo de carro ou
de moto, mais acho que vale muito a pena ir de teleférico. Lá existe
infra-estrutura completa para turistas, restaurante, bar, banheiro, além de
feirinha de artesanato.
Salta |
Cerro San Bernardo |
Estávamos aproveitando o lugar, batendo fotos quando vi duas
Falcon equipadas para viagem subir a estrada e pararem do outro lado do local,
então eu e o Marino fomos ver. Eram dois Argentinos de Buenos Aires que estavam
viajando pelo norte do pais, conversamos por um tempo com eles que se mostraram
bastante curiosos em relação à XRE, depois pegamos o teleférico para voltar a
cidade.
A essa altura já se aproximava o horário do almoço e ficamos
espantados pois a cidade estava vazia e o comércio de portas fechadas, aí
lembramos que naquela região da Argentina o povo aproveita para fazer a cesta,
devido ao forte calor do meio do dia. Assim a cidade para na hora do almoço e
retorna a atividade depois da 16:00hs e o comercio funciona normalmente até às
22:00hs.
Encontramos um restaurante típico da Argentina e por
insistência do Carlos entramos para experimentar a tão famosa “Parrilada”,
acompanhada de uma”Quilmes 1890”,
de minha parte gostei tanto da cerveja que lembre a Brahama como da Parrillada
que além das carnes oferece uma variedade de miúdos de boi grelhados, os amigos
não gostaram e o chinchulim que nada mais é que a tripa do boi, virou gozação
no resto da viagem, pois tudo virou chichulim.
Parrillada argentina |
Outro acontecimento foi termos feito amizade com uma jovem
turista argentina a Celeste que mora na cidade de Córdoba, garota meio maluca e
muito divertida, boa companheira de boteco, fã de rock dos anos 80, muito
articulada e que à noite nos acompanhou ao Paseo Balcarce.
Saindo do restaurante, aproveitamos para comprar umas
lembranças na única loja aberta e depois voltamos ao Hostel para descansar da
parrillada, à noite curtimos mais uma vez o Paseo Balcarce, onde tivemos a
oportunidade de saborear “una docena de empanadas de lhama” empurrada para
baixo por mais alguns litros de “Cerveza Salta”.
Voltamos mais cedo para o hotel, pois no dia seguinte
iríamos cruzar a grande montanha e chegaríamos a San Pedro do Atacama. De saldo
essa parada em Salta no deixou a nítida impressão de que se esse fosse o
destino da viagem ela já teria valido a pena.
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