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sábado, 14 de maio de 2011

Quinto dia de viagem.

Viagem virtual
5º dia de viagem
Salta X San Pedro de Atacama - CH



Em meu quinto dia de viagem eu estarei rodando 511 km. O trecho de subida começa no dia anterior, mais é nesse trecho que o bicho vai pegar, pois vou subir mais de 3.600 mts desde Salta, até o ponto mais alto que será  de 4.800 mts, na fronteira entre a Argentina e o Chile,  aí começa a descida, para chegar em San Pedro de Atacama a 2.450 mts.

É nesse trecho que vou enfrentar meu primeiro trecho de “ripio”, no "Paso de Jama", depois da cidade de Susques, quando voltar a rodar no asfalto depois de 160 km, já estarei no Chile.
.......Segundo informações o trecho de rípio já foi asfaltado........

Isso é "Ripio".


Assim é uma estrada de "ripio".

Antes porém, passarei por San Salvador de Jujuy que é capital da província de Jujuy e também pelas “Salinas Grandes”, que é um imenso Salar de 212 km².

San Salvador de Jujuy, com mais de duzentos mil habitantes.


Salinas Grandes.

Quantos kilometros precisamos percorrer,
para chegar em um outro Planeta?

Palacio de Jabba de Huntt - Planeta Tatooine


No meu caso 2.598 km.

Vale de La Luna - Deserto de Atacama - Planeta Terra.


O que é soroche?

Soroche ou mal de altitude é o nome dado aos sintomas e reações fisiológicas do corpo humano, que se produz como conseqüência da exposição a baixa pressão de oxigênio que existe em grandes altitudes, como nas Cordilheira dos Andes, a isso também chamos de "Punar".
À medida que subimos acontece uma diminuição progressiva da pressão atmosférica e também da quantidade de oxigênio no ar. O oxigênio é essencial para a vida e sua diminuição brusca produz importantes alterações que podem levar até a morte.
Os primeiros sintomas do mal da montanha podem começar a ser sentidos a partir dos 2.500 de altitude, em pessoas mais sensíveis, podem até aparecer em alturas menores.
A cada ano temos pelo menos sete mortes relacionadas com a altitude, dentro os viajantes que vão ao Nepal.

Como podemos evitar o mal de altitude?
  • Fazendo uma ascensão gradual. A primeira coisa e mais importante e subir lentamente, realizando um período adequado de aclimatação de 2 a 3 dias a uma altura determinada (Começar aos 2.000 m) antes de passar a noite em uma altura maior. Ou seja, ascender durante o dia e depois voltar, dormindo duas noites consecutivas num alojamento de altura inferior. No caso dos sintomas aparecerem, é fundamental descer uma quantidade inferior a que estava aclimatado e descansar durante 24 ou 48 horas antes de reiniciar a ascensão. Se os sintomas são graves, iniciar a descida imediatamente, sempre acompanhada.
  • Beber muito líquido (pelo menos 3 ó 4 litros diários).
  • Evitar beber bebidas alcoólicas.
  • Dieta energética e evitar exposição ao frio.
  • Medicação: obrigatoriamente consultar seu médico.
Os primeiros sinais se desenvolvem geralmente nas primeiras 36 horas. Afetam mais de 50% dos viajantes, no caso montanhistas e trekkers que vão acima dos 3.500 metros e quase 100% as pessoas que sobem rapidamente aos 5.000 metros sem aclimatação.
  • Uma dor de cabeça leve
  • Náuseas e mal estar geral
  • Ligeiras tonturas
  • Dificuldades para dormir
Se aparecerem estes sintomas, numa altura abaixo dos 3.000 metros, se recomenda parar e descansar alguns dias antes de continuar subindo. Se aparecerem aos 3.500 metros, tem que descer de 300 a 500 metros, e ficar ai durante 2 dias antes de continuar subindo.
Sintomas graves do mal de altitude
Uma dor de cabeça intensa e grave, que não desaparece com analgésicos, vômitos contínuos;
  • Náuseas marcadas
  • Tonturas, alterações visuais.
  • Pressão no peito, respiração e pulso rápidos, sensação de dificuldade respiratória.
  • Inchaço ou edema, geralmente em torno dos olhos e em alguns casos nas mãos.
  • Diminuição da quantidade de urina, confusão e desorientação.
  • Trocas psicológicas como (indiferença, perda do sentido de perigo, etc.) e convulsões.
Quando se apresentam estes sintomas devemos buscar ajuda médica imediatamente e iniciar rapidamente o descenso até a menor altitude possível.
Mais para todos os  problemas existem soluções, nesse caso a solução é: 

A venda nos melhores supermercados.

Té de coca.
ahahahaha!

2 comentários:

  1. Pado falando de novo, Marshal.
    Achei legal fazer um comentario sobre esse post que acabei de ler: De Salta para San Pedro de Atacama voce só vai rodar em asfalto, perfeito, diga-se de passagem. Ah, e agora tem posto YPF na aduana Argentina, não precisa mais levar combustível extra! Mas não se esqueça de abastecer em Susques.
    Se te interessar, pode fazer este caminho de forma diferente, evitando o calor insuportável do Chaco, e de quebra passar por lugares lindíssimos, como a Quebrada de Cafayate e o monumento ao Inca. Dá uma olhada no meu roteiro de ida e vai entender. Vale cada quilometro a mais, mas vai aumentar sua viagem em uns 2 dias talvez.
    E quanto à altitude, relaxa. Na vespera de atravessar a cordilheira, faça uma refeição leve à noite. De manha coma pouco, tome agua e vá com um punhado de folhas de coca na bochecha que vc não vai sentir nada. Não vai sentir dor de cabeça, nem os braços, nem as pernas... hehehehehe Brincadeira, não dá barato nenhum. E por sinal, o sabor é tão bom quanto um chiclete de vomito! Uma delicia!!!

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  2. Que pena que asfaltaram esse trecho, vou ter que esperar a volta para conhecer o "rípio", quanto a dar a volta p/ não cruzar o Chaco, acho que não rola pois o maior problema será o tempo, dois dias a mais fica inviável.
    Obrigado pelas dicas

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